terça-feira, 8 de abril de 2008

UNICAMP 2002

Uma importante realização da pesquisa científica brasileira foi o seqüenciamento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, causadora da doença chamada amarelinho ou clorose variegada dos citros (CVC). O nome da bactéria deriva do fato de que ela se estabelece nos vasos do xilema da planta hospedeira.
a) Que processo fisiológico da planta é diretamente prejudicado pela presença da bactéria? Justifique.
b) Não se pode atribuir à Xylella fastidiosa a morte das células que constituem os vasos do xilema maduro. Por quê?

a)Transporte da seiva bruta, porque provoca a obstrução dos vasos xilemáticos.
b)Porque os vasos do xilema são constituídos por células mortas.



A colchicina é uma substância de origem vegetal, muito utilizada em preparações citogenéticas para interromper as divisões celulares. Sua atuação consiste em impedir a organização dos microtúbulos.
a) Em que fase a divisão celular é interrompida com a colchicina? Explique.
b) Se, em lugar de colchicina, fosse aplicado um inibidor de síntese de DNA, em que fase ocorreria a interrupção?

a) Metáfase. A colchicina impede a formação das fibras cromossômicas responsáveis pela migração dos cromossomos durante a anáfase.
b)Ocorreria no período S da interfase.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Células-tronco de outras origens não substituem as embrionárias

Enquanto o uso de células-tronco embrionárias aqui no Brasil continua proibido, nossos cientistas fazem o que podem com células-tronco de outras origens. Em um artigo publicado na revista Ciência e Saúde Coletiva, o médico hematologista e doutor em cardiologia Isolmar Schettert, do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Instituto Nacional do Câncer (Incor), fala do Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias - EMRTCC. O objetivo do EMRTCC é avaliar clinicamente os benefícios da terapia com células-tronco da medula óssea em portadores de doenças cardíacas.

Iniciado pelos Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, o EMRTCC é mantido através de uma parceria entre o Incor, em São Paulo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Bahia, e a Universidade Federal e o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, ambos do Rio de Janeiro. Para cada uma das quatro doenças cardíacas estudadas - miocardiopatia dilatada, doença isquêmica crônica, infarto agudo do miocárdio e cardiopatia chagásica (da doença de Chagas) - o EMRTCC pretende avaliar possíveis progressos obtidos em 300 pacientes. O foco da análise é a melhora da função cardíaca e da área isquêmica (na qual o suprimento sangüíneo se encontra comprometido). O estudo ainda está em andamento, mas seu término está previsto para este ano.

Porém, ainda que as perspectivas desse estudo sejam promissoras, as células-tronco da medula óssea não substituem as embrionárias humanas. Segundo Schrettert, as células da medula óssea podem melhorar o quadro clínico ao reduzir a inflamação e formar novos vasos sangüíneos, por exemplo. Entretanto, não há evidências de que elas sejam capazes de se transformar em células cardíacas, como fazem as células-tronco embrionárias.

Schrettert lembra ainda que somente estudos feitos com células-tronco embrionárias podem desvendar diversos fenômenos biológicos cuja compreensão é de suma importância para o progresso das pesquisas - como o mecanismo pelo qual uma célula se multiplica e dá origem a diferentes tecidos. “Para esse tipo de análise, não adianta se basear em modelos animais, uma vez que eles não representam de forma fidedigna o que acontece com as células humanas”, diz ele.

O hematologista acrescenta que, há cerca de um século, o perfil de doenças era totalmente distinto do que é hoje. Para ele, com o aumento da expectativa de vida e talvez até por evolução da espécie humana, esse perfil mudou tanto que não houve tempo para que a indústria farmacêutica se preparasse para as doenças degenerativas. Por isso, existem bem poucos tratamentos eficazes para essas doenças, que podem ocorrer em diversos tecidos, como o cardíaco, o hepático e o neural. “Tanto é que o tratamento que nós temos é o transplante: de coração, de fígado, etc”, diz Schrettert.

Por isso, o pesquisador critica a proibição do uso das células embrionárias. Em suas palavras, essa discussão “está sendo essencialmente dogmática e está fugindo do âmbito técnico”. “Nossa espécie está vivendo mais, aumentando muito sua expectativa de vida e em total despreparo para lidar com a situação”, diz ele. “Tornar a discussão das células-tronco embrionárias uma questão essencialmente dogmática é ver de uma forma muito parcial tudo que está se passando”, critica.

Novas aplicações para o veneno da jararaca

A maioria dos hipertensos não sabe, mas o captopril - cujo nome comercial é capoten - foi desenvolvido a partir de uma substância encontrada no veneno da jararaca brasileira. Comercializado desde os anos 70, ele ainda é o medicamento para pressão alta mais usado no mundo. E as jaracacas continuam revelando componentes, cujo isolamento, caracterização química e utilidade são objetos de estudo. Exemplos são os pesquisadores do Departamento de Farmacologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que têm se dedicado à busca de substâncias presentes nesses venenos cuja atividade possa ser útil para o entendimento da fisiologia e para a descoberta de novos medicamentos.

Usando técnicas bioquímicas e músculos isolados de camundongos e aves, a farmacêutica Priscila Randazzo e a fisioterapeuta Charlene Galbiatti estudam as características químicas e os efeitos biológicos de toxinas isoladas de venenos de duas espécies de jararacas (Bothrops pauloensis e Bothrops marajoensis). As pesquisadoras encontraram duas novas toxinas, Bp-12 e B-maj9, que paralisam os músculos dos animais. Segundo elas, os resultados indicam que as toxinas interferem na transmissão do impulso nervoso para o músculo e também afetam o tecido muscular.

Do ponto de vista clínico, o veneno da jararaca não é considerado paralisante. No Brasil, essa ação é atribuída apenas a dois gêneros de serpentes: coral e cascavel. Por outro lado, Randazzo e Galbiatti explicam que toxinas de venenos que não se manifestam clinicamente podem servir de modelo para a síntese de novos medicamentos e também para ajudar a compreender como funciona o organismo e o mecanismo de ação dos venenos.

Esse objetivo foi atingido pela pesquisadora Léa Rodrigues Simioni, pioneira no estudo da ação paralisante das jararacas e coordenadora das pesquisas desenvolvidas por Randazzo e Galbiatti. Contrariando as expectativas de quem acreditava que a ação paralisante era exclusividade de cascavel e coral, Simioni confirmou experimentalmente na década de 80 o mesmo efeito no veneno de uma jararaca (Bothrops jararacussu) e dele isolou a toxina responsável pelo efeito. A colaboração com outros pesquisadores permitiu a caracterização química do componente paralisante, que foi denominado bothropstoxina e se tornou uma das mais importantes ferramentas (auxiliares) de pesquisa. Ela é utilizada por pesquisadores de outros países no entendimento dos mecanismos de toxicidade dos envenenamentos e da própria fisiologia geral.

O efeito terapêutico é também uma das perspectivas do estudo das toxinas, lembra Galbiatti. Exemplo disso é a toxina botulínica, famosa por seu nome comercial “Botox”, usada para tratar doenças e até como cosmético, suavizando rugas. Embora seja uma toxina de origem bacteriana, as propriedades terapêuticas e cosméticas da Botox também se devem à habilidade de impedir a transmissão do impulso nervoso para o músculo.

Porém, do ponto de vista terapêutico, o grande inconveniente das toxinas de venenos de serpentes é o dano que muitas delas causam no tecido muscular. É o caso da Bp-12, toxina estudada por Randazzo em sua tese de doutorado, que está em fase final. Mas isso, segundo as pesquisadoras, não exclui a toxina de possíveis aplicações. Afinal, a mesma ciência que revela propriedades de aplicação em medicina, investiga as origens dos efeitos tóxicos e as condições em que eles se manifestam. Isso permite que ela própria, a ciência, encontre meios de controlar ou anular os efeitos indesejáveis.

domingo, 6 de abril de 2008

UFMG 2007

Comportamentos que favorecem a dispersão também promovem, geralmente, a
especiação.
É CORRETO afirmar que, entre os comportamentos que costumam favorecer a
especiação, se inclui
A) a ocupação de novos nichos.
B) a territorialidade.
C) o cuidado com a prole.
D) o sedentarismo.
R.: B Um grupo de animais quando se dividem e não mas se encontram podem apresentar características particulares devido a mutações que ocorrem ao longo do tempo. Como não mais se acasalam esse novos genes não são compartilhados entre eles e uma nove espécie pode surgir (especiação).



É CORRETO afirmar que os morcegos, únicos mamíferos voadores conhecidos,são motivo constante de atenção dos serviços sanitários das Prefeituras, porquetransmitem
A) febre aftosa aos bovinos.
B) gripe aviária aos frangos.
C) leishmaniose aos cães e gatos.
D) vírus da raiva ao homem.
R.: D. A raiva é causada por um vírus, e se transmite entre os animais através da mordedura ou contaminação de ferimentos por saliva de animais doentes do mal. O vírus está contido em alta concentração na saliva. São suscetíveis de contraí-la os animais mamíferos em geral. O morcego(hematófago) ao sugar o sangue de um animal contaminado passa a ser transmissor do mal, porém é resistivel a ele mas pode atingir o homem.

Citoplasma

Os componentes do citoplasma - O citoplasma é constituído por um material mais ou menos viscoso , chamado hialoplasma. Nele estão mergulhadas estruturas consideradas vivas, os orgânulos do citoplasma. Citoesqueleto são fibras de proteínas finíssimas no hialoplasma.
O Hialoplasma - Quimicamente o hialoplasma é constituído de água e moléculas de proteína, formando uma dispersão que os químicos chamam de colóide. A região mais externa do citoplasma é o ectoplasma que é bastante viscoso. A parte interna do hialoplasma é o endoplasma ou citosol que é mais fluida e característica de colóide no estado de sol.

A ciclose - É uma corrente citoplasmática orientada num certo sentido, sendo bem visível especialmente no endoplasma de muitas células vegetais. A velocidade da ciclose é aumentada pela elevação da luz e da temperatura.
O movimento amebóide - É o movimento das amebas e dos glóbulos brancos que são capazes de formar pseudópodes. Tudo se passa como o pseudópode se destruísse na parte traseira e se reconstruísse na dianteira, dessa forma a ameba se locomove.

O retículo endoplasmático - São um sistema de membranas duplas, lipoprotéicas. Essas membranas constituem as vezes, sacos achatados e, outras vezes túbulos. Conhecem-se dois tipos de retículos: O retículo endoplasmático liso, constituído apenas por membranas e o retículo endoplasmático rugoso que possui aderidos ao lado externo das membranas grânulos chamados ribossomos. O retículo endoplasmático liso têm algumas funções bem óbvias.
- Facilitar reações enzimáticas - As enzimas ficam associadas as sua membrana. - Promover a síntese de lipídios na célula - O retículo produz triglicerídeos, fosfolipídios e esteróides.
- Transportar substâncias no interior da célula, desta para o meio e vice-versa
- suas membranas se comunicam com a carioteca e a membrana plasmática movimentando-se.
Regular a pressão osmótica
- o retículo para regular a pressão osmótica retira o hialoplasma e armazena substâncias em suas cavidades.- Armazena substâncias produzidas
- Os vacúolos das células vegetais são partes hipertrofiadas do retículo dessas células onde armazenam: água, sais, açúcares e pigmentos.
Quanto ao retículo rugoso além de desempenhar todas as funções do retículo liso ele ainda sintetiza proteínas, devido a presença de ribossomos.

Os ribossomos - Podem ser encontrados livremente no hialoplasma, ou então presos uns aos outros por uma fita de RNA; neste caso são chamados polissomos ou poliribossomos. Cada ribossomo é constituído por duas subunidades. Quimicamente essas estruturas são constituídas por RNA e proteínas. Os ribossomos quando associados a uma fita de RNA , juntam os aminoácidos de citoplasma para formar cadeias de proteínas.
Complexo de Golgi - O complexo de golgi de uma célula é constituído de várias unidades menores, os dictiossomos. Cada dictiossomo é composto por uma pilha de cinco ou mais sacos achatados, feitos de membrana dupla lipoprotéica, e disposto de forma regular. Nas bordas dos sacos podem ser observadas vesículas em processo de brotamento, se difere do retículo endoplasmático liso devido ao empilhamento regular dos sacos achatados enquanto os componentes do retículo se distribuem de forma irregular na célula. Os papéis do complexo de golgi:
- Secreção da célula de ácino pancreático - Os ácinos são pequenas estruturas glandulares que secretam as enzimas do suco pancreático.
- Secreção de muco das células caliciformes do intestino - Na mucosa intestinal, existem células especiais em forma de cálice que produzem um liquido lubrificante e protetor, chamado muco. O muco é um material complexo, constituído principalmente por glicoproteínas ( proteínas ligadas a polissacarídeos)
- O complexo de golgi também é responsável pela secreção da primeira parede que separa duas células vegetais em divisão.
- O acrossomo do espermatozóide é secretado pelo complexo de golgi.
- O complexo de golgi origina os lisossomos, vesículas cheias de enzimas.

O Citoesqueleto

O Citoesqueleto das células eucariontes é composto de complexos protéicos fibrilares, formados pela polimerização de proteínas globulares. Sua pricincipal função é coordenar a distribuição de organelas na célula e orientar sua forma geral.

Ele é responsável pelas alterações de forma e da distribuição de organelas desencadeadas por interações entre a célula e seu meio e entre células diferentes. É também responsável pela sustentação e resistência da célula. O Citoesqueleto é composto por Microfilamentos, Filamentos Espessos, Filamentos Intermediários e Microtúbulos. Esses componentes se associam entre si, formando uma complexa rede citoplasmática.

Através de proteínas associadas, eles se ligam à membrana plasmática e às membranas de outras organelas.
É uma estrutura dinâmica, que se altera através de variações entre taxas de polimerização e despolimerização.

Associação do Citoesqueleto com a membrana plasmática:
As junções entre células podem apresentar diferentes funções de acordo com sua estrutura.
A Junções de Oclusão são contínuas em torno da célula nos pontos de contato com as células vizinhas e vedam compartimentos. São formadas por proteínas transmembranares, associadas internamente ao citesqueleto de microfilamentos de actina. Ex: Lume Intestinal, bexiga, vias respiratórias.As junções de adesão podem ser contínuas como a Zona de Adesão, ou pontuais como os desmossomas e hemidesmossomas. A Zona de Adesão associa-se aos microfilamentos de actina da malha próxima à membrana plasmática. Os desmossomas e hemidesmossomas se associam a filamentos intermediários.

Glicídios

Os glicídios também conhecidos como açúcares, carboidratos ou hidratos de carbono, são substâncias orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Quando se fala em açúcar lembramos imediatamente do sabor doce, mas nem todos os glicídios são adocicados. Por isso, os cientistas preferem usar o termo glicídio em lugar de açúcar, para evitarem mal entendidos.

Os glicídios constituem a principal fonte de energia para os seres vivos, estando presentes em diversos tipos de alimentos. O mel, por exemplo, contém o glicídio glicose; da cana é extraída a sacarose, muito utilizada em nosso dia-a-dia; o leite contém o açúcar lactose; e frutos adocicados contêm frutose e glicose, entre outros tipos de glicídios.

Tipos de glicídios e suas funções:
Monossacarídeos – Os glicídios mais simples são os monossacarídeos que apresentam entre 3 e 7 carbonos na molécula e cuja fórmula geral é Cn(H2O)n . Nessa fórmula, n representa um número entre 3 e 7.

Os nomes dos monossacarídeos são dados de acordo com o número de átomos de carbono na molécula:
Trioses – 3 carbonosTetroses – 4 carbonosPentose - 5 carbonos Ex. ribose, desoxirriboseHexoses – 6 carbonos Ex. frutose, galactose e frutoseHeptoses – 7 carbonos
Dissacarídeos – são moléculas formadas pela união de dois monossacarídeos. A sacarose (C12H22O11), o principal açúcar presente na cana-de-açúcar, é um dissacarídeo formado pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose.
Outro exemplo, é a lactose, o açúcar do leite, constituído pela união de glicose e galactose; maltose, glicose + glicose.
Polissacarídeos – são formados pela ligação entre centenas ou mesmo milhares de monossacarídeos.

Amido – é uma substância característica das plantas e das algas. Suas moléculas são formadas pela reunião de milhares de moléculas de glicose. Em momento de abundância de moléculas de glicose as plantas fabricam amido.. Em momentos de necessidade, o amido é quebrado, transformando-o em glicose usado como fonte de energia e de matéria – prima para as células.
Os animais fabricam o polissacarídeo glicogênio, cuja função é semelhante à do amido para as plantas. Depois de uma refeição rica em glicídios, as células de nosso fígado absorvem moléculas de glicose do sangue, unindo-as para formar moléculas de glicogênio, bastante semelhantes às moléculas de amido.
Quando a taxa de glicose no sangue reduz, nos períodos entre as refeições, as células do fígado quebram o glicogênio, convertendo-o em moléculas de glicose. Estas são lançadas no sangue e chegam a todas as células do corpo. O glicogênio armazenado no fígado, portanto, representa uma forma de guardar energia para os momentos de necessidade.

Celulose-Encontrada principalmente nas plantas, onde participa da constituição da parede celular.
Quitina – Suas cadeia são formadas por vários açúcares com grupos amina (NH2 ). Ocorre na parede celular dos fungos e no exoesqueleto de artrópodes, como insetos, aranhas e crustáceos.
à quitina e a celulose são polissacarídeos estruturais de difícil digestão.

sábado, 5 de abril de 2008

Diferença entre célula animal e vegetal

As células vegetais se distinguem das animais devidas às seguintes características:
parede celular, conecções celulares (plasmodesmos), vacúolos, plastos e reserva energética. O citoplasma das células vegetais contém, além dos plastos e vacúolos, as mesmas organelas da célula animal. Aparentemente tanto o retículo endoplasmático liso quanto o granular e os ribossomos exercem funções semelhantes nas células animais e vegetais.

Logo abaixo da membrana plasmática observam-se sistemas de microtúbulos que correm paralelos à membrana. Provavelmente estão relacionados à formação da parede ou à manutenção da forma das células.

O aparelho de Golgi aparece na célula vegetal sob a forma de corpos dispersos pelo citoplasma, que, de um modo geral, são de tamanho menor do que os da célula animal, embora apresentem morfologia semelhante.

A célula vegetal está circundada por uma estrutura semi-rígida denominada parede celular, a qual confere proteção e apoio mecânico à célula, que deforma-se a medida que a célula cresce e se diferencia.

Uma característica peculiar às células vegetais é a existência de conecções celulares (pontes citoplasmáticas) interligando células vizinhas. Tais conecções, chamadas de plasmodesmos, estão nos limites de resolução do microscópio óptico e ocorre em grande número (pelo menos de 1.000 a 10.000).Os vacúolos são importantes estruturas citoplasmáticas características da célula vegetal. Nas plantas, o crescimento celular dá-se em grande parte devido ao crescimento dos vacúolos. O sistema de vacúolos pode atingir até 90% do volume total da célula.

Os plastos são organelas ligadas aos processos de fotossíntese. Há diversos tipos de plastos e sua classificação se faz de acordo com o material encontrado no seu interior. Os cloroplastos são os mais comuns e são verdes devido aos pigmentos de clorofila.

Formigas

Reino: Animalia Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: Hymenoptera Família: Formicidae
As formigas compõem o grupo mais popular entre os insetos por constituir níveis avançados de sociedade. Sendo assim, consideradas como insetos eusociais.

Existem 12.030 espécies de formigas espalhadas por todo o planeta. O aparecimento da formiga está relacionado com o período Cretáceo (há mais de 100 milhões de anos).

Da cabeça da formiga saem antenas dobráveis e mandíbulas cortantes, através das antenas elas sentem o cheiro das coisas. O pescoço liga a cabeça ao tronco, de onde saem três pares de pernas que se ligam ao abdômen.

Alimentam-se de sementes e restos de vegetais.
Existe uma organização entre as formigas que permite a divisão das tarefas.
Em um formigueiro existem as formigas operárias, as sentinelas e a rainha. A rainha é a reprodutora da colônia.

Diabetes

O diabetes é uma doença metabólica provocada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que tem por função quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia. Atualmente a doença apresenta um problema de saúde pública, principalmente no Brasil. O distúrbio não compromete somente a queima de açúcar, interfere também na transformação dessa em outras substâncias (proteínas, músculos, gordura).

O diabetes se apresenta em diferentes formas clínicas, sendo classificado em: Diabetes Tipo I (em geral é decorrente de doença auto-imune, esse tipo de diabete é resultante da pouca ou nenhuma produção de insulina); Diabetes Tipo II (ocasionado por um estado de resistência das células quanto à ação da insulina). Existem outras formas de diabetes, como a gestacional que acontece durante a gravidez e aquelas que estão associadas a infecções, pancreatites alcoólicas, uso de alguns medicamentos, desordens genéticas.

Os sintomas decorrentes do aumento da glicemia são: urinar em excesso, sede excessiva, aumento do apetite, alterações visuais, impotência sexual, infecções na pele e nas unhas causadas por fungos, feridas difíceis para cicatrizar, distúrbios cardíacos e renais, fadiga, fraqueza, tonturas. Os fatores de risco associados à doença são hereditariedade, sedentarismo, hipertensão e colesterol alto. O diagnóstico é realizado pelo médico a partir da apresentação dos sintomas clássicos da doença, tais como: sede excessiva, aumento do número de micções, fome demasiada e emagrecimento.

Parede Celular

A parede celular é uma estrutura que cobre as células de muitos seres vivos, como plantas, fungos e outros. Ela é uma parede semi-rígida, o que não acontece com o glicocálix. Assim, as células que a possuem têm menor possibilidade de modificar sua forma.

A parede celular é, dentro de certos limites, uma estrutura permeável, não exercendo controle sobre substâncias que penetram na célula ou que dela saem. As paredes celulares das bactérias são formadas basicamente por uma substância típica dos procariontes: o peptidoglicano. As bactérias chamadas capsuladas são bactérias que além da parede celular apresenta outra camada externa que se chama: cápsula.

A grossura e a composição química dessas cápsulas dependem da espécie. Nos protistas, muitos possuem parede celular, nos diversos grupos a composição química varia. Muitas vezes a parede celular pode ser basicamente de sílica ou de celulose. Nas plantas, a parede celular é formada principalmente por celulose e, por isso, é também conhecida como membrana celulósica.

Ossos e sangue também secretam matriz

Embora o termo matriz extracelular seja mais facilmente associado às cartilagens e a substancias de preenchimento, o sangue também é um tipo de tecido conjuntivo, embora nesse caso a matriz extracelular não seja gelatinosa, isso porque essa matriz possui uma constituição diferente, em que não predominam as fibras protéicas nem as proteoglicanas. O sangue é, por assim dizer, um tecido líquido.
No outro extremo estão os ossos, um tipo de tecido construído para suportar grandes compressões. A matriz óssea é rica em fibras colágenas, que são secretadas pelos osteoblastos e formam camadas concêntricas em torno dessas células.
A incorporação de fosfato de cálcio a essa matriz colágena termina por conferir a esse tecido uma resistência comparável à do concreto. O sangue e o tecido conjuntivo possuem em comum o fato de serem tecidos compostos por células de diferentes tipos dispersas numa matriz secretada por suas próprias células.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vírus

Existem muitas representações artísticas de vírus. Fotografar diretamente essas minúsculas estruturas é uma outra história. Agora, utilizando uma nova técnica de microscopia, os cientistas conseguiram visualizar um vírus diretamente no maior nível de detalhamento já alcançado.

Criomicroscopia
A equipe do Dr. Wen Jiang, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, desenvolveu a nova técnica, chamada criomicroscopia de elétron único. O novo microscópio eletrônico permite que se capture uma imagem tridimensional de um vírus com uma resolução de 4,5 ângstroms - 1 ângstrom é igual a um décimo de nanômetro.
"Este é um dos primeiros projetos a refinar a técnica ao ponto de se aproximar da resolução de nível atômico," diz Jiang. "Isto quebra um limite e nos permite ver um nível completamente novo de detalhamento da estrutura. Esta é a mais alta resolução já alcançada para um organismo vivo desse tamanho."

Fotografando um vírus
Visualizar diretamente um vírus com alto nível de detalhamento não é uma questão de mera curiosidade. Ao compreender como as diversas partículas do vírus se estruturam e como elas se ligam às células hospedeiras, os cientistas podem definir rotas de pesquisas para o projeto de medicamentos mais eficientes.

Máquina viva
Um vírus é basicamente uma pequena "máquina" feita de proteínas. O novo microscópio eletrônico está permitindo que os cientistas visualizem a cadeia de peptídeos - a espinha dorsal das proteínas.
"Agora nós podemos ver as pequenas engrenagens e alavancas que permitem que a proteína se mova e interaja à medida em que ela executa seus intricados papéis biológicos," explica o Dr. Jiang, fazendo a analogia entre o vírus e uma máquina.

Ambiente realista
Uma grande vantagem da nova técnica é que ela permite a visualização das estruturas vivas em um ambiente realista, muito parecido com aquele no qual elas vivem e se desenvolvem.
As técnicas de cristalografia por raios-X, disponíveis até agora, exigem uma manipulação que muitas vezes impede que se tirem conclusões sobre os seus reais mecanismos de interação com o seu ambiente.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Por que as árvores do cerrado são retorcidas?

A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela freqüência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas. A hipótese do escleromorfismo oligotrófico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à tortuosidade da vegetação. Além disso, a variação do clima nas diferentes estações (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nível tóxico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios. Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento. Quando a freqüência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal pode não se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode-se dizer, então, que a combinação da sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado.

Por que o céu é azul?

Sabemos que a luz é formada pela união de várias cores. Ao entrar em contato com a atmosfera, ela espalha-se devido às particulas existentes no ar. Porém as ondas de cada cor espalham-se de forma diferente, dependendo do seu comprimento. Quanto mais curtas, mais dispersas elas se tornam. O comprimento da onda azul faz com que ela se espalhe o suficiente para dar ao céu a tonalidade que vemos. Já no final da tarde, o sol ilumina obliquamente, obrigando os raios a fazer um caminho mais longo para chegar à Terra. Tal fato dispersa quase totalmente a luz azul e torna visível a vermelha, que possui um comprimento maior, dando-nos o espetáculo do pôr-do-sol.

Buracos negros

Os buracos negros surgem dos "restos mortais" das estrelas. Enquanto ativas, elas mantêm-se vivas, pois o calor que emanam empurra sua massa para o exterior enquanto que a gravidade as puxa para dentro, mantendo assim um equilíbrio constante. Porém, assim que seu "combustível" acaba e elas se apagam, apenas a gravidade resta, sugando sua superfície para o centro e tornando-as extremamente densas. Quando a estrela é muito grande, a gravidade gerada é tão forte que tudo que se aproximar é sugado para dentro. Nem mesmo a luz, o elemento mais rápido do universo, consegue escapar. Um corpo do tamanho de nosso Sol (1.394.000 km) precisa atingir apenas 6 km de diâmetro para tal. O que é equivalente a transformar a maior montanha da Terra em uma borboleta, mas mantendo o peso da montanha. Apocalípticos de plantão, acalmem-se! Para a formação de um buraco é necessário que a estrela seja muito maior que nosso Sol (cerca de 3,2 massas solares), então mesmo que ele apagasse, não seríamos sugados, apenas morreríamos de frio.

Forças da Natureza

Todo ano, um milhão de terremotos sacodem a Terra! A cada segundo, 100 raios atingem a superfície Terrestre, e matam 1000 pessoas ao ano. Quando Krakatoa entrou em erupção, em 1883, a força de sua explosão foi tão grande que pode ser escutada à mais de 7.700km de distância, na Austrália. Fazendo tremer a maior árvore documentada, um eucalipto australiano, que em 1872 tinha pouco mais de 130 metros de altura.
Infelizmente, 25% de todas as plantas do mundo estão ameaças de extinção até o ano 2010. E as interferências do homem não param por aí. Em outubro de 1999, um iceberg do tamanho de Londres, soltou-se do continente Antártico.
O local mais profundo de todos os oceanos são as Fossas Marianas, no pacífico, com exatos 10.910 metros, e seria necessária uma hora inteira para um objeto pesado afundasse lá! A maior velocidade com que a chuva cai, são 29km/h. Se você conseguisse dirigir seu carro na vertical, direto para cima, levaria menos de uma hora para chegar ao espaço (algo em torno de 65km). O ar no topo do Monte Everest, à 8.850 metros de altura, só tem um terço da densidade que apresenta ao nível do mar.

Planetas

Na Terra é possível encontrar organismos ainda vivos a 3,2 km de profundidade no solo. E olha que a temperatura do centro da Terra este estimada em 5500 ºC! Continuando na Terra, só conseguimos enxergar Mercúrio durante o crepúsculo. Passando aos outros planetas, de Vênus, o seu brilho – que vem das nuvens refletindo os raios do sol – é bem curioso. Marte tem vestígios geológicos de que já existiu água por lá, e sua superfície tem uma área superficial igual a dos continentes da Terra. Júpiter tem sua lua coberta de gelo. E as curiosidades não param nessa galáxia, cientistas já confirmaram mais de 20 planetas fora de nosso sistema solar.

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